A Polis Ria assume responsabilidade nas intervenções desenvolvidas nas margens do Rio Vouga e diz que são concertadas com a Administração da Região Hidrográfica do Centro. Depois das acusações da Quercus difundidas, ontem, a Polis Ria fez sair um comunicado em que dá a cara pela intervenção admitindo que neste tipo de operações há sempre “desequilíbrios nos ecossistemas” mas que os projectos de execução seguiram “orientações” transmitidas pelo ICNB, “que deu parecer positivo às intervenções”.
Lembra que a ARH do Centro, no âmbito do projecto de valorização e protecção das redes hidrográficas das Bacias dos Rios Mondego, Vouga e Lis, financiado pelo Programa Operacional Regional do Centro, executou uma intervenção de limpeza, nos Rios Vouga e Águeda, numa extensão de 10,1 e 5 Km, respectivamente. No rio Vouga, a intervenção realizou-se desde a ponte da EN 109 até à Foz do Rio Águeda e, neste curso de água, até 5 km para montante da sua foz.
Explica que essa acção visa “atenuar os riscos de cheia, em períodos de maior precipitação, através do aumento da capacidade de escoamento dos rios, bem como prevenir o risco de rotura dos taludes e das margens”.
No caso da participação da Polis Litoral Ria de Aveiro, a acção fica a dever-se “ao projecto de requalificação e valorização da Pateira de Frossos que abrange a requalificação, reabilitação e renovação (paisagística, ambiental e funcional), de quatro espaços de convívio e lazer, como o Parque do Areal, em Angeja; Parque da Boca do Carreiro, em Frossos; Parque dos Plátanos e Poço do Barreiro, em São João do Loure”.
Os trabalhos passam pela limpeza e desmatação das margens e percursos, requalificação do coberto vegetal e beneficiação estrutural dos percursos entre parques.
No comunicado de sete pontos, a Polis Ria assume que os trabalhos de limpeza “consistiram na remoção da vegetação fixada nos leitos e da que se encontrava simplesmente depositada” e que nos taludes e a plataforma marginal “foi ainda desbastada e podada, mantendo-se o enraizamento das espécies arbóreas ligeiras e de grande porte nos taludes, afim de não os fragilizar”.
Como compensação é referido que no âmbito da empreitada de requalificação e valorização da Pateira de Frossos “será realizada uma operação de plantação de espécies arbóreas autóctones”. |