A Associação de Dadores de Sangue do Concelho de Aveiro diz que fica em situação desconfortável com o aumento das taxas moderadoras. Escreveu uma carta aos responsáveis do Governo em que acusa o Ministro Paulo Macedo de não olhar a “meios para sanear o passivo das Contas em que se encontra o seu Ministério”, quando “os dadores de sangue em nada contribuíram para esta patologia financeira”. Aconselha o Ministro a “procurar a terapêutica noutras áreas”.
Diz que a opção política “agrava a notória falta de respeito pela dignidade dos dadores e dirigentes das suas associações”, uma vez que as associações de dadores “dão a cara nas acções de sensibilização para a dádiva junto das comunidades onde vivem, ouvindo muitas vezes acusações inconvenientes”.
Defende “o pleno direito à isenção total das taxas moderadoras”, tal como vinha acontecendo, “ainda que deixasse muito a desejar”.
Na carta, Joaquim Carlos deixa o aviso: as políticas podem “estar a promover uma quebra substancial de adesão de dadores à dádiva, já a partir de Janeiro, destruindo assim todo o trabalho que tem sido desenvolvido no terreno há anos”. |