A Assembleia Municipal de Aveiro debate, esta noite, o encerramento da Linha do Vouga numa sessão extraordinária convocada pela Mesa da Assembleia Municipal de Aveiro, após audição da Comissão Permanente, e terá em discussão uma Moção sobre a desactivação do troço Aveiro/Águeda da linha do Vouga.
Essa Moção de Protesto coloca a linha do Vouga como “património secular”, “factor de desenvolvimento, estratégico e de mobilidade sustentável” da Região de Aveiro, “nomeadamente entre dois dos principais pólos, Aveiro e Águeda”; uma linha com fluxos, em 2009, nos dois sentidos, entre Aveiro e Águeda, na ordem dos 1.400 passageiros/dia.
Considera que a linha 2 da MoveAveiro, complemento da linha, também transporta cerca de 1.000 passageiros e realça o investimento de 3,7 milhões de euros na supressão das passagens de nível e de 2 milhões de euros na melhoria das condições de segurança e circulação, nomeadamente no reforço de balastros e taludes e substituição de carris.
Os deputados analisam a evolução do aumento das frequências em 2010 e o consequente aumento de 30% no número de passageiros e defendem que a “medida proposta contraria as mais recentes orientações estratégicas sobre a promoção da Mobilidade Sustentável.
Nesta análise chamam a atenção para a falta de “alternativas de transporte público entre as cidades de Águeda e Aveiro”.
Na Moção recomendam, por isso, ao Governo “a revogação da desactivação do serviço de passageiros da linha do Vouga, conforme consta do Plano Estratégico dos Transportes” e recomendam à Câmara Municipal de Aveiro que, em parceria com a Câmara de Águeda e outras entidades, nomeadamente a CP e a REFER, dê continuidade à implementação do estudo de optimização da Linha do Vouga a sua reavaliação e recuperação, com a finalidade de consolidar o sistema do tipo “Comboio Frequente” no troço entre Aveiro e Águeda. |