José Pedro Guedes, 46 anos, negou, perante o juiz de instrução criminal, a autoria do homicídio da jovem de 18 anos, em 2000, numa casa em obras, na Póvoa do Paço. O suspeito, operário da construção civil ultimamente no desemprego, terá, alegadamente, trabalhado na zona à data do crime, informou fonte da Polícia Judiciária (PJ) de Aveiro.
Um indício que levou à detenção 23 de Novembro, na sequência de gravações feitas pela jornalista Felícia Cabrita alertada por uma informação que lhe chegou.
Nas várias conversas registadas com câmara oculta, o homem assume a autoria de cinco homicídios de outras prostitutas. Três na zona de Lisboa, que foram esventradas, entre 1992 e 1993, uma quando esteve emigrado na Alemanha e a aveirense.
No entanto, quando presente a interrogatório judicial, no Juízo de Instrução Criminal (JIC) da Comarca do Baixo Vouga “negou todos os factos”, nomeadamente o assassínio da jovem de Cacia, disse fonte ligada ao processo.
De resto, José Pedro Guedes deixou no primeiro interrogatório judicial “uma explicação” para as revelações feitas nas conversas gravadas pela jornalista do semanário Sol, que a defesa mantém sob reserva.
A Procuradoria da República decidiu reabrir o inquérito de Aveiro arquivado depois do único suspeito, namorado de Filipa de Melo Ferreira, ter sido libertado da cadeia, onde tinha passado meio ano, por falta de provas do seu envolvimento no crime.
O advogado do arguido pondera apresentar recurso da medida de coação aplicada, tendo ainda um prazo de 20 dias. |