Alberto Souto reapareceu na cena política local e foi duro com a apreciação do trabalho da maioria PSD-CDS que lhe sucedeu na Câmara, em 2005. O pretexto foi debate organizado pela concelhia do PS sobre o futuro do centro da cidade de Aveiro. A saída encontrada para a polémica Alboi mereceu a única nota positiva. “A cidade da água perdeu as únicas piscinas olímpicas que tinha, a cidade da ria permite que os moliceiros se abastardem sob as nossas barbas, a cidade do vento permite esplanadas na via pública de qualidade pindérica. Choca-me a ver a casa Major Pessoas às moscas, o Teatro Aveirense à deriva e parques de estacionamento fechados”.
José Carlos Mota, investigador da UA, dinamizador do movimento Amigos de Avenida, dá o benefício da dúvida ao estudo colocado em marca pela Câmara para renovação da avenida Lourenço Peixinho, mas pede intervenções para além da componente urbana, dando como exemplo a criação de estímulos para tornar a avenida mais habitável. “A imagem precisa de vida, de gente e de actividades. Colocar a função residencial na avenida. Como reanimar as funções comerciais e capacidades cívicas se a transformação ficar por um projecto de arquitectura? Já o tentámos noutros sítios e não resultou”, adverte José Carlos Mota.
No rescaldo deste encontro, o PS manifesta receios que sem um centro urbano atractivo a própria cidade possa perder influência regional. |