Serviço de comunicação, informação e espaço televisivo envolvendo encargos mensais de 2 mil euros foi questionada na última reunião do executivo. O contrato com a Canalvisão, entidade gestora da web tv Localvisão, foi defendido pelo presidente da edilidade "não como uma despesa mas um investimento de futuro, para promover e projectar a imagem de Aveiro". O PS agendou o ponto na ordem de trabalhos para conhecer o contrato que, a não ser denunciado pela autarquia, prolongar-se, pelo menos, durante os próximos três anos, totalizando 74 mil euros. Numa pormenorizada explicação do acordo para a cobertura de eventos locais, Élio Maia lembrou que fica mais em conta do que recorrer à realização de documentários, colmatando a inexistência na Câmara de técnicos de imagem e estúdio. João Sousa, vereador do PS, não ficou convencido. "Existem outras prioridades onde gastar 2 mil euros por mês, com melhor utilidade", sugerindo, a título de exemplo, recuperar espaços urbanos degradados. Lembrou ainda que os serviços da Câmara não estão tão carenciados de técnicos de comunicação, que "serão quatro ou mais". Já a vereadora Ana Vitória Neves, independente, que exerceu funções a tempo inteiro antes de perder a confiança política do presidente, estranhou o recurso à empresa em causa quando existia uma parceria com a Escola Profissional de Aveiro para a recolha e transmissão de sessões da Assembleia Municipal "que estava a correr bem, até do ponto de vista académico". Uma alternativa que "deveria ser aproveitada", até por representar custos menores, recomendou. Ana Vitória Neves questionou ainda a renovação em curso do site da Câmara que custou cerca de 10 mil euros que "poderia ajudar a tornar Aveiro uma cidade mais visível e poupar o montante" do contrato de web tv "que a situação financeiro do município não permite". Élio Maia limitou-se a confirmar que a presença da autarquia na Internet terá um rosto novo "muito em breve". |