O mau tempo no mar tem feito estragos na região Centro. Uma das situações mais críticas foi vivida na praia do Labrego, em Vagos.

Hoje vão continuar os trabalhos de emergência para reforçar do cordão dunar que foi rompido e chegou a ligar o mar ao canal de Mira, na Ria.

Uma intervenção para evitar danos maiores, refere Orlando Borges, presidente do Instituto Nacional da Água, que garante que “no caso da Vagueira nada levava a crer, pelo menos não tínhamos este registo de que aquela situação pudesse ser tão violenta como foi, porque de facto haver uma nova ligação da água do mar à ria é complicadíssimo e podia-se tornar irreversível se não tivéssemos agora esta intervenção. Não é que tivéssemos nota que o cordão estava fragilizado, mas não era eminente ou expectável que esta situação tivesse ocorrido".

4 mil metros cúbicos de areia estão a ser arrastados para erguer novamente a duna junto à praia do Labrego. Uma empreitada de 60 mil euros.

Imediatamente a Sul, mas já em Mira, uma outra zona de risco, levou à colocação de 4 mil sacos de areia de uma tonelada cada ao longo de meio quilómetro.

Por Aveiro, segundo informação do CDOS, registaram-se na última noite várias inundações, mas nada de anormal para a época em que estamos.

Todo o país está hoje em alerta amarelo (o terceiro mais grave numa escala de quatro) entre as seis e as 21 horas, devido a chuva e vento forte, anunciou a Autoridade Nacional de Protecção Civil. O mau tempo vai sentir-se com mais intensidade no Norte durante a manhã e no Centro e Sul durante a tarde e princípio da noite. As previsões do Instituto de Meteorologia indicam que o mau tempo continua até amanhã e que a chuva será "mais persistente nas regiões do Litoral Norte e Centro". O IM prevê para os próximos dias rajadas de 70 km/h no litoral e de 120 km/h nas terras altas.

A Protecção Civil aconselha as pessoas a redobrarem os cuidados na condução – devido ao piso escorregadio e formação de lençóis de água na estrada – a desobstruírem os sistemas de escoamento de águas, a não atravessarem zonas inundadas, a fixarem de forma adequada estruturas soltas e a evitarem actividades ligadas ao mar.