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02-11-2011

Duna reconstruída à pressa para segurar marés vivas em Vagos.


Obras de emergência arrancaram esta manhã a sul da praia do Labrego para reconstruir cordão dunar comido pelo mar. João Domingos, 65 ...

Obras de emergência arrancaram esta manhã a sul da praia do Labrego para reconstruir cordão dunar comido pelo mar.

João Domingos, 65 anos, filho de pescador da arte xávega, guarda “na memória” a longa extensão de areal que era preciso, na sua meninice, “galgar” a pé para atingir o mar nas praias de Vagos. Meio século depois, a realidade é bem diferente, com vários pontos críticos que tornaram, desde há muito, o litoral vaguense uma das zonas mais ameaçadas pela erosão costeira em Portugal. As marés vivas dos últimos dias “comeram” com aparente facilidade, por duas vezes, cerca de 350 metros de duna, a sul do esporão da praia do Labrego. Toneladas de areia entraram terra dentro, deixando um parque de lazer parcialmente soterrado. A forte ondulação levou as águas salgadas a invadir, por dois locais, os campos mais próximos, que romperam a estrada municipal 591, ligando o mar ao canal de Mira (Ria de Aveiro).

Muitos populares aproveitaram o feriado de ontem, para ver, em autêntica romaria, os estragos causados pela fúria do mar que “bate” constantemente, desgastando defesas naturais e outras erguidas pelo homem, esperando que não haja “uma terceira vez”. Maria Arcelina, septuagenária, a caminhar apoiada numa bengala, ficou a contemplar a cratera aberta na estrada de cinco metros aproximadamente. Os relatos de familiares que chegaram pouco depois deixaram-na intranquila. “Meu Deus, o Inverno só agora está a começar”, comentava. Residente ali perto, na rua Principal, Gafanha da Boa Hora, em 50 anos “nunca viu nada assim, apesar do mar ameaçar de quando em vez e já ter feito um rombo” um pouco mais a sul, em 2001, que foi preciso “tapar com pedra”. O povo estranhava a ausência de máquinas já no terreno, a refazer o cordão dunar, sabendo-se que entre hoje e amanhã as marés vivas estão de volta. “Fizeram ponte, neste País é assim”, lamentava uma residente. As consequências, por enquanto, não são graves para pessoas, bens e ecossistema da região. A entrada de água do mar na ria pode, contudo, em quantidades elevadas salinizar os campos agrícolas, para já a salvo.

O Instituto Nacional da Água (INAG) já autorizou, após uma vistoria técnica em que tomou parte Veloso Gomes, um dos maiores especialistas em Portugal, obras de emergência que arrancam esta manhã, bem cedo, garantiu fonte da Câmara de Vagos. As escavadoras vão regressar à praia mais crítica de Vagos após uma primeira intervenção que as investidas do mar danificaram severamente, para erguer pelo terceira vez, o cordão dunar a uma altura de quatro a cinco de metros na extensão de 350 metros, usando o areal espalhado pela praia. Espera-se que seja “suficiente” para aguentar as marés vivas.

O município e o INAG já estão a tratar de “uma solução mais duradoura” para defender o Sul do Labrego. O que poderá passar pelo reforço em ´big bag´ (sacos de grandes dimensões que se enchem com areia) e pedra. Trabalhos que dependem do lançamento de empreitadas de grande envergadura financeira, carecendo de procedimentos concursais e verbas ainda por assegurar junto da tutela que está em fase de redefinição de competências em curso por parte do Governo. Um relatório da Comissão Europeia apresentado em Maio de 2004 identificava o litoral do concelho de Vagos entre as zonas mais problemáticas no que toca a erosão costeira dos 25 países da União Europeia.

Fonte: NA


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