Na sequência da reunião ocorrida há uma semana entre as concelhias do PS de Aveiro e de Águeda, lideradas por Eduardo Feio e Edson Santos, com os deputados Pedro Nuno Santos e Filipe Neto Brandão, que contou igualmente com a presença dos presidentes das Juntas de Freguesia de Esgueira e de Eirol e ainda de Gil Nadais, presidente da CM Águeda, os deputados do PS eleitos pelo círculo de Aveiro formalizaram na passada sexta?feira, uma pergunta dirigida ao Ministro da Economia e do Emprego, Álvaro Pereira, onde manifestam a sua surpresa com o anúncio da
intenção, alegadamente merecedora da concordância da tutela, de suprimir
integralmente, a curto prazo ("até ao final de 2011"), a linha ferroviária do Vale do Vouga, como consta do Plano Estratégico de Transportes. Referindo desconhecer, à semelhança das autarquias abrangidas, quais os estudos que, alegadamente, terão estado subjacentes a tal decisão e, por isso, de igual modo, é solicitada a disponibilização desses estudos, os deputados do PS chamam a
atenção para o significativo acréscimo de procura decorrente dos investimentos recentemente levados a cabo na linha em causa nos últimos anos, mormente no troço Aveiro?Águeda (Sernada do Vouga) e Espinho?Oliveira de Azeméis. Alertam ainda os deputados do PS para a circunstância da linha do Vale do Vouga ter vindo, de modo crescente, além do mais, a suportar um movimento pendular insubstituível entre Águeda e a capital de distrito, servindo, além de classes economicamente desfavorecidas, para as quais qualquer outra opção será
financeiramente incomportável, uma comunidade estudantil, nomeadamente
universitária (em que avulta a Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Águeda). Interpelaram, assim, os deputados do PS eleitos pelo círculo de Aveiro, Maria Helena André, Pedro Nuno Santos, Sérgio Sousa Pinto, Rosa Maria Albernaz e Filipe Neto Brandão, directamente o Ministro da Economia e Emprego para que diga se está, ou
não, o Governo disponível, atento a enorme amplitude (social, económica, histórica, ambiental) dos prejuízos que tal decisão acarretará, para recuar na decisão de desactivar integralmente o serviço de passageiros da Linha do Vouga. |