Os partidos com assento na AM de Aveiro estão preocupados com o encerramento da Linha do Vouga e admitem que há milhares de pessoas que podem sair penalizadas. Os partidos de esquerda concordam que a população vai sair penalizada. Filipe Guerra, do PCP, salienta a factura que os cidadãos vão pagar. “Encarecimento porque as pessoas vão procurar alternativa. Essas soluções são escassas e, em contexto de encarecimento e com portagens nas scuts, há um encarecimento que torna mais dura a vida das pessoas”, sublinha Filipe Guerra.
Nelson Peralta, do BE, já assumiu que o partido vai lutar até ao limite pela manutenção da ligação ferroviária. “Acredito que sim e garanto que o BE tudo fará na rua, nas assembleias municipais e na Assembleia da República para que o Vouginha se mantenha e seja requalificado. O fim da ligação vai penalizar estudantes e trabalhadores com aumento do custo de vida”.
Jorge Greno, do PP, não manifesta simpatia pela medida anunciada pelo Governo. Diz que se o critério de encerramento é o défice de exploração então todos os serviços públicos de transporte estarão condenados. “Se o objectivo é fechar todos os serviços que dão prejuízo então deixamos de ter transportes públicos em Portugal. Parece contra-senso que numa linha em que têm sido investido dinheiro esse dinheiro ser atirado para o lixo. Tendo sido posta na prateleira a ligação rodoviária Aveiro-Águeda, julgo que a região não pode aceitar que este transporte termine desta maneira sem alternativa”.
Pedro Pires da Rosa, do PS, diz que os serviços públicos não podem fechar todos mesmo que sejam deficitários. E diz que a ligação rodoviária Aveiro/Águeda que está suspensa também não é alternativa. “Não cobrem o mesmo tipo de circulação. A ligação rodoviária é estratégica para a região. A questão da Linha do Vouga é perceber o transporte público que é feito. Com o difícil acesso entre Aveiro e Águeda é cada vez mais utilizada”, adianta Pires da Rosa em debate na edição deste fim-de-semana do programa Canal Central. |