A Câmara de Estarreja acaba de decidir a proibição do tráfego a pesados no troço municipalizado da (ex) EN109, na travessia da cidade, sensivelmente entre a Rotunda do Hospital e a Rotunda de acesso ao Eco-Parque. Foram colocados painéis informativos desta proibição em locais que permitem aos veículos pesados de mercadorias encontrar alternativas nacionais para a circulação (A29, A1, IC2). Ficam de fora deste condicionamento de tráfego os veículos pesados das empresas com sede no Concelho e as situações de cargas e descargas.
O executivo liderado por José Eduardo Matos explica que é a forma de combater o aumento do tráfego quando há um ano foram introduzidas as portagens nas auto-estradas SCUT, “invertendo todo o planeamento anterior e sem a existência de alternativas nacionais capazes e sustentáveis em termos urbanos e ambientais, para receber o tráfego que sai da A17, da A25 e da A29, com consequências negativas a vários níveis, nomeadamente em termos de qualidade de vida e de riscos para a segurança dos Cidadãos”.
Justifica esta posição com o estudo “A EN109 como via alternativa às antigas SCUT na região de Aveiro: avaliação do impacto na qualidade do ar na cidade de Aveiro”, realizado pela Universidade de Aveiro, que revelou uma subida do tráfego na região fixada em 300% na EN109.
E justifica, ainda, com um relatório do Instituto de Infra-estruturas Rodoviárias aponta para uma quebra total diária de 47% nas auto-estradas que integram a antiga concessão SCUT da Costa de Prata, registando um desvio diário de 18.564 viaturas dessas vias.
O desgaste das vias do Município, a poluição do ar e a insegurança são os argumentos usados para a proibição à circulação de pesados no centro de Estarreja. |