A Extinção da EMA foi aprovada por maioria com uma abstenção de Susana Esteves, do PSD, ex-administradora da EMA. Filipe Guerra (PCP) justificou o voto favorável ao fim da empresa com o argumento de que estava esgotada a sua função. “O PCP vota a favor da extinção porque considera que o objectivo primordial da sua existência está cumprido. Não faz sentido que se mantivesse”, justificou o deputado.
João Pedro Dias (BE) lembra que o Partido sempre foi contra a construção do estádio e a criação da empresa. “O Bloco vota a favor da extinção mas realça que nem sequer foi a favor da criação”.
Ernesto Barros (CDS) diz que a maioria está a dar cumprimento ao programa eleitoral. “Votamos favoravelmente porque achamos que mais uma vez a câmara cumpre o programa deste mandato”.
Manuel António Coimbra (PSD) justifica a votação dizendo que a empresa terminou o seu ciclo de vida. “Dado que o objectivo que era a construção e a participação no Euro 2004 está cumprido. Aveiro dá um exemplo às exigências de austeridade que o Governo pede a todos os portugueses”.
O BE questionou montante da dívida da EMA. O vogal do PS Francisco Picado fez as contas e aponta para 5 milhões de euros. “Pelo menos na comunicação do presidente vem o balancete a 31 de Julho e segundo as minhas contas temos de passivo qualquer coisa como 5 milhões de euros. Diria que deverá andar neste valor”.
O vereador Pedro Ferreira apresenta uma estimativa mais baixa, sem revelar exactamente, dado o entendimento alcançado já com o BES (para liquidar 1,2 milhões de euros). Diz que o processo de extinção da empresa levou algum tempo porque foi necessário satisfazer determinadas condições. “Com o processo do BES vamos baixar bastante o passivo abaixo dos 4 milhões. O conselho de administração iniciou um processo que enfrentou a questão do IVA, a questão do imposto sobre o património e a questão dos funcionários do restaurante que tínhamos a nosso cargo. Questões que fomos resolvendo até chegar a esta situação”, explicou o vereador. |