Os partidos políticos com assento na Assembleia Municipal de Aveiro condenam a suspensão da Agrovouga e o CDS-PP vai ao ponto de sugerir uma intervenção da Ministra da Agricultura e de Paulo Portas, para tentar financiamento para próximas edições.

Ernesto Barros, do PP, sugeriu a comunicação com o cabeça-de-lista do PP, nas últimas eleições, para descobrir um caminho para a viabilização. "Deveria ser enviada uma carta directamente à Ministra da Agricultura e para o Paulo Portas, que é Deputado por Aveiro, para que possam interceder na situação e tentem resolver este problema, porque existem verbas da União Europeia que podem ir para trás se não forem gastas e não de pode deixar morrer a Agrovouga", disse.

António Salavessa, do PCP, condenou a suspensão e disse que "vai contra os esforços do País em promover a agricultura". "A Agrovouga não deveria acabar, não há razão que justifique esta decisão e se a imposição da Troika determina que se reduza em 15 por cento os custos das empresas municipais, essa redução deveria ser encontrada de outra forma, sem determinar o fim da feira".

Pedro Pires da Rosa, do PS, admite que a organização dê prejuízo mas salienta a importância de encontrar almofadas para suportar esses custos. "Trata-se de um acto lamentável por parte da empresa municipal e a Câmara tem de averiguar bem a situação até porque a empresa não é 100 por cento municipal e tem de se repensar a Aveiro Expo sob pena de a empresa apenas organizar a Feira de Março", adiantando que "se a Feira não tem retorno financeiro há que equilibrar as contas, no sentido da empresa, no final do ano, dar lucro e contribuir para o desenvolvimento de sectores estratégicos", referiu.

O Vice-Presidente da Câmara de Aveiro, Carlos Santos, lembrou os números do prejuízo. Diz que nos últimos três anos, "a feira custou meio milhão de euros". "A organização deste evento implica elevadíssimos custos que são assumidos pela empresa municipal".