Aveiro segue a tendência do resto do país. O coração continua a matar em Portugal e é a segunda causa de morte devido a muitas patologias associadas. Os especialistas salientam a prevalência de alguns factores de risco e admitem que é preciso um combate mais intenso.
Mesquita Bastos, cardiologista no hospital de Aveiro, diz que o coração está a precisar de cuidados. “O coração dos aveirenses está como o dos restantes europeus. É uma das principais causas de incidência de doença. A principal causa de mortalidade em Portugal é o avc, infelizmente somos líderes na Europa, logo a seguir vêm as doenças cardiovasculares (enfarte de miocárdio e angina de peito).
Para reverter é preciso controlar factores de risco. Estamos a falar de obesidade, tabagismo, álcool, stress, ausência de exercício e de colesterol elevado. No caso da herança genética não podemos mexer”, adianta Mesquita Bastos por ocasião do Dia Mundial do Coração.
A Sociedade Portuguesa de Nefrologia lembra que a “tendência de maior consumo de sal pode afectar a saúde do sistema cardiovascular e consequentemente do rim”.
O sódio, presente no sal de cozinha e nos alimentos industrializados, é um dos principais factores de risco para a hipertensão. Embora os rins sejam fundamentais na eliminação do excesso de sódio ingerido, quando estes não funcionam, a sua capacidade para filtrar e eliminar o excesso de sal é limitada.
A OMS recomenda um consumo diário até 5g de sal (o equivalente a 2g de sódio) e, para tal, devem ser verificados os teores de sódio nos alimentos e consumir aqueles com menor valor. |