O Secretariado Diocesano do Ensino Religioso Escolar de Aveiro (SDEREA) elegeu como prioridade para o novo ano lectivo, a formação de professores mais “conscientes” da sua fé, capazes de serem veículos de “esperança” num tempo de dificuldade. “No meio de tanta confusão e sofrimento, sentimos também uma maior procura nas escolas e a nossa missão de professores passa muito por sermos testemunhas de serenidade e alegria”, sublinhou hoje a diretora do SDEREA. Em declarações à Agência ECCLESIA, Elisa Urbano destaca o facto de se registarem “cada vez mais inscrições” na disciplina de Educação Moral e Religiosa Católica (EMRC), ao nível da diocese de Aveiro. Reflexo não só de “uma maior abertura das escolas à disciplina”, segundo aquela responsável, mas também de uma mudança de atitude por parte das pessoas, que revelam uma maior “carência de espiritualidade”. “Temos cada vez mais alunos que não são crentes nem batizados e, no entanto, procuram a nossa disciplina, esta iluminação cristã dos saberes e da cultura”, aponta a professora. Contrariando também a tendência de anos anteriores, muitos estabelecimentos de ensino na região estão a abrir inscrições para o primeiro ciclo, o que é encarado pelo SDEREA como uma “grande responsabilidade”. Para responder convenientemente a estes desafios, aquele organismo católico vai requerer junto do Instituto Superior de Ciências Religiosas de Aveiro (ISCRA) uma formação creditada para professores de EMRC do primeiro ciclo, “já que muitos deles ainda não têm experiência a esse nível”, diz Elisa Urbano. No que diz respeito à formação espiritual, os docentes vão ser chamados a tomar parte este ano numa “formação para a consciência”, iniciativa que terá lugar no tempo de Quaresma, período litúrgico que antecede a Páscoa no calendário católico. Para o Advento – antes do Natal - está previsto um retiro sobre “espiritualidade na vida quotidiana”, que será orientado pelo padre Manuel Morujão, sacerdote jesuíta e atual secretário da Conferência Episcopal Portuguesa. “É importante refletirmos sobre a doutrina da Igreja, a forma como a vivemos e transmitimos porque, primeiro que tudo, devemos ser um exemplo nas escolas, para os nossos alunos e colegas”, conclui a diretora do SDEREA. |