Os trabalhadores da Move Aveiro reúnem, hoje, ao início da tarde, em plenário. Vão debater as medidas a tomar perante o atraso no pagamento do subsídio de férias. Um cenário que se grava e que pode conduzir ao endurecimento da luta.
Com uma débil situação financeira, sem receitas correntes para liquidar atempadamente o subsídio de férias aos seus 150 funcionários, o que pode motivar o endurecimento de medidas de luta, a MoveAveiro é uma das maiores dores de cabeça da Câmara que estuda medidas de fundo, incluindo a decisão, tomada em Julho do ano passado, da concessão dos transportes terrestres mas até agora por definir nos termos concretos.
O presidente Élio Maia não esconde as dificuldades da empresa municipal de mobilidade. “É uma situação muito preocupante e que tem de ser estancada. Queremos que os aveirense tenham bons transportes e não tenho complexos que sejam públicos ou privados. O que importante é que sejam bom. Não queremos é que continuem a suportar 2,5 milhões de euros anuais de prejuízo”, disse o autarca numa das últimas reuniões da Assembleia Municipal.
Os lugares pagos de estacionamento à superfície, que a município decidiu duplicar na cidade, para reforçar a segunda fonte de receitas da MoveAveiro à seguir aos transportes terrestres.
Em 2010, a MoveAveiro teve rendimentos de quase 3,8 milhões de euros, dos quais 1,4 milhões resultaram do subsídio à exploração da Câmara.
Os prejuízos acumulados rondaram 4,8 milhões de euros. Os encargos com pessoal representaram 63% dos gastos. |