A selecção nacional de futebol está a caminho de Paris para o campeonato do mundo de futebol de rua e na hora de terminar o estágio em Aveiro os atletas seguem confiantes numa boa prestação e no relançamento das suas vidas.
As boas exibições a defender a baliza da equipa da Casa dos Rapazes, de Viana do Castelo, não escaparam aos olheiros. Alex, 21 anos, um dos oito jogadores, de outras tantas instituições sociais, da selecção nacional de futebol de rua que vai disputar o mundial em França, ganha alento também para desafios pessoais que se aproximam. “A experiência terá 20 dias e depois voltamos á nossa vida. Vou começar a trabalhar. Estudei e completei o 9º ano”, adiantava o guarda-redes.
Os percursos de vida jogaram a favor da equipa, garantiu o treinador Bruno Seco: “Para subir um degrau, se calhar, tiveram que descer dois”, confirma o treinador.
O futebol de rua, como projecto de inclusão social, ajuda a chutar para longe a pobreza. “As estratégias inerentes à prática do desporto pode fazer bem a pessoas que estão desenvolvimento, em construção ou em recuperação. Aproveitando oportunidades pode traçar-se um futuro com melhores perspectivas”, sublinha Henrique Pinto, director executivo da Cais, a quem cabe organizar a selecção nacional, este ano primeira do ranking, por força do quarto e segundo lugares conquistados nas duas anteriores edições.
Em Aveiro, onde a selecção se apresentou antes de rumar a França, para disputar o mundial, de 20 a 28 de Agosto, o sucesso vai ser retribuído com a construção de recintos para a modalidade no bairro de Santiago. |