O último barqueiro da Gafanha da Encarnação que comandava a barca que fazia a travessia para a Costa Nova gostaria de ver a réplica da barca que ontem foi colocada na rotunda da barca, operacional na ria. Manuel Ameixa mostrou-se contente com tal reconhecimento e diz que estaria mais bem empregue na ria. “Mal empregado. Que rico barco aqui está”, exclamava o antigo barqueiro. “Estou satisfeito com o que me fizeram. Pensava que nem merecia tanto”, confessou Manuel Ameixa que começou a actividade aos 15. Hoje aos 90 lembra quase 60 anos passados na barca “sem incidentes” a registar.
A evocação aos homens da barca na Gafanha da Encarnação foi uma homenagem póstuma ao barqueiro Adelino e a Manuel Ameixa com instalação da réplica da Barca que fazia a travessia entre a Gafanha da Encarnação e a Costa Nova. “Diz muito bem porque obviamente o barco estaria bem empregue a navegar na ria. Um dos da ria só podia dizer isso. Na vida nem sempre podemos ter os nossos actos consequentes com as palavras”, sublinhou o autarca afirmando o desejo de dar “dignidade” à embarcação que perpetua a ligação e que substitui uma que estava degradada. |