Élio Maia não está preocupado com a governabilidade da Câmara de Aveiro nem tão-pouco com o trabalho acumulado dos vereadores que assumiram as pastas dos dois que ficaram sem pelouros no rescaldo da votação do contrato de gestão do estádio. Em entrevista exclusiva à Terra Nova, à margem da abertura da FARAV, o autarca de Aveiro manifestou confiança num trajecto tranquilo. “Sempre com tranquilidade que é nosso apanágio.
Tranquilidade que quem desempenha estas funções deve ter”, adianta Élio Maia pouco preocupado pela redução do número de vereadores com funções executivas. “O importante não é quantidade. É qualidade. Penso que essa alegria vai continuar. Se assim for as coisas vão correr com normalidade”. Deixou elogio aos que acumulam pelouros porque “são pessoas experientes. Quatro tinham experiência de vida e autárquica e há uma recepção natural de pelouros”.
O autarca admite que não espera reacções negativas dos vereadores que ficaram sem pelouros e admite que Miguel Fernandes e Ana Vitória Neves votem de acordo com o interesse municipal. “As pessoas vão votar em função do conteúdo da proposta e do interesse do concelho. As pessoas, acima de uma ou outra situação particular, têm de ter a noção que o que está em causa é o interesse público”, salienta Élio Maia que manteve o discurso da fase mais aguda da polémica com a expectativa de saída dos vereadores. “Tem que perguntara a eles. São coisas de foro pessoal. É uma decisão de cada um. Em termos de ética republicana e democrática isso deveria ter acontecido. Agora cada um julga em função daquilo que lhe parece a melhor decisão a tomar. Temos que respeitar”.
Élio Maia defende um rumo de “paciência, equilíbrio e razoabilidade” para “continuar na mesma linha”. “O rumo está definido desde 2009 quando apresentámos o programa. Temos o dever de fazer tudo para prosseguir esse caminho. Vamos ver se conseguimos chegar aos 90% de cumprimento dos compromissos assumidos. Vamos fazer tudo para isso até 2013”. |