A CP Carga diz que é preciso quebrar barreiras ao nível dos modos de transporte de mercadorias. Responsáveis da empresa disseram ontem, em Aveiro, num encontro sobre intermodalidade no eixo E80, que há resistências à mudança do transporte rodoviário para a ferrovia. António Martins diz que encontros como o de ontem são importantes para abrir horizontes. “Quebrar barreiras mentais que existem no mercado. Toda a gente sabe que o transporte rodoviário é mais fácil porque contrata-se um camião e ele está lá à hora e o ferroviário não é bem assim. Tem alguma limitações nos canais horários, circula em linhas onde há comboios rápidos, regionais e suburbanos de passageiros e é nesta vertente que o transporte ferroviário pode ser um contributo para o transporte de mercadorias. Circula de noite, a qualquer hora, e temos vindo a assistir a dificuldades que começam a surgir ao transporte rodoviário. As pessoas vão olhar com outros olhos para a ferrovia”, adianta o representante da CP Carga no encontro de Aveiro no âmbito do projecto “Intermodality E-80” numa aposta na articulação entre os diferentes operadores na promoção do transporte marítimo de curta distância.
Como conclusões destes workshop ficou a necessidade de “reforço do modo marítimo para a sua integração no serviço porta-a-porta”, “com soluções que acrescentem valor ao cliente relativamente ao modo unimodal rodoviário” e a importância de resolver “ineficiências” com “flexibilização do trabalho portuário”; simplificação de processos administrativos aduaneiros associados à gestão de transferência entre modos e dotação dos portos com plataformas logísticas que potenciem a ligação com outros modos. |