O presidente da Câmara de Aveiro retirou, na tarde de segunda-feira, os pelouros que tinha delegado nos vereadores Miguel Fernandes (CDS) e Ana Vitória Neves (PSD). A decisão de Élio Maia foi tomada na sequência dos dois eleitos pela coligação terem "chumbado", a par da oposição socialista, a cedência do estádio municipal ao Beira-Mar. Demissão ou retirada forçada de pelouros foram as alternativas. Durante reuniões mantidas durante a tarde, o edil foi informado pelos visados que, mesmo sem tarefas executivas, não se irão demitir do cargo para o qual foram eleitos em 2009 integrando a coligação "Juntos Por Aveiro". Na próxima reunião de Câmara, o presidente deverá proceder à redistribuição dos pelouros, entre os quais figuram os recusos humanos, protecção civil e mercados, pelo executivo que ficará a partir de agora reduzido a quatro elementos a tempo inteiro: Élio Maia (independente), Carlos Santos (PSD), Pedro Ferreira (PSD) e Maria da Luz Nolasco (CDS). A Câmara deverá divulgar um comunicado na manhã desta terça-feira. Miguel Fernandes e Ana Vitória Neves remeteram-se ao silêncio. As dores de cabeça de Élio Maia não devem ficar por aqui. Será muito mais difícil reunir consenso para fazer passar propostas da maioria e poderá enfrentar outras retaliações políticas em matérias que levem os novos vereadores independentes e a oposição a surgir alinhados. A posição de Ana Vitória Neves ao manter-se no cargo foi a mais surpreendente, quando o PSD de Aveiro já pensava em substituto. Francisco Braga é o elemento da lista que se segue. Nos efectivos resta Fernando Marques. Maria Teresa Rebocho Christo, a oitava, fecha a lista pelo CDS. Existem mais três suplentes. Fonte: NA |