Ana Vitória Neves deverá afastar-se do cargo que desempenha na Câmara de Aveiro, antecipando-se, assim, a uma medida mais extrema, que passaria por o Presidente retirar-lhe os pelouros e consequentemente o regime de vereadora a tempo inteiro. Essa é, pelo menos, a possibilidade mais forte apontada durante o fim-de-semana nos meios próximos do PSD. Espera-se hoje uma posição pública de Ana Vitória Neves. O voto contra o contrato de gestão do estádio municipal foi a gota de água. As divergências remontam a Setembro do ano passado, quando o Presidente da Câmara retirou o pelouro das finanças à Vereadora independente eleita pelo PSD. Agora, ao contribuir para derrotar o contrato com o Beira-Mar, a concelhia laranja, não vendo que Ana Vitória Neves tenha agido em conformidade com as circunstâncias por si criadas, retirou-lhe a confiança. Falta de solidariedade e de lealdade política são as justificações apresentadas em comunicado. Já o vereador Miguel Fernandes, do CDS, que também votou contra, passou a representar-se a si próprio, já que a concelhia do partido liderada por Jorge Greno não se revê no seu eleito. O jovem advogado, que tem alguns pelouros importantes, como a PC e os mercados, viu igualmente as competências reduzidas em Setembro do ano passado, devido a outro braço de ferro com a presidência. Mas deverá permanecer em funções, ainda correndo o risco de ver os seus pelouros esvaziados por Élio Maia - o Presidente aguarda uma clarificação dos vereadores em causa para proceder a mais uma redistribuição de tarefas. |