São as primeiras ideias colocadas em cima da mesa para o futuro da avenida. Os deputados municipais de Aveiro questionaram o condicionamento do trânsito no túnel da estação e criação de parque de estacionamento subterrâneo. O estacionamento, que a Câmara pretende colocar num parque subterrâneo, gerou as maiores reticências.
Ivar Corceiro, do BE, questionou a viabilidade, atendendo à oferta actual, e Ernesto Barros, do CDS, sugeriu alternativas à superfície, eventualmente com recurso a quarteirão próximo. Paulo Marques, também da bancada popular, quis saber se exista um “plano B” se não houver capacidade financeira.
Para Filipe Guerra, do PCP, não é necessário mais estacionamento pago. Pediu ainda cautela nas opções para que favoreçam a “funcionalidade” da avenida mantendo a característica de centralidade com atravessamento rodoviária, sem que se deixe de ouvir quem ali vive.
Élio Maia sugeriu prudência e diz que o processo está ainda em aberto. "Estamos num ponto intermédio, não é a sua apresentação final, iremos ciclicamente dar a conhecer a evolução que vai tendo. Damos a conhecer a metodologia, o enquadramento urbanístico, proposta de intervenções e começar a abordar conceitos de intervenção".
A questão da localização da ponte no Canal Central não mereceu grandes notas nos primeiros estudos e o responsável, Jorge Carvalho, adianta mesmo que os estudos não ignoram a proposta da Câmara mas salienta que esse projecto “não acrescenta nem inibe” as recomendações urbanísticas em perspectiva.
Manuel António Coimbra, do PSD, torceu o nariz ao condicionamento do trânsito pelo túnel da estação, que ficaria limitada a transportes colectivos. “Devemos rentabilizá-lo e impedir que seja um canal de entrada poderá não ser uma boa solução”.
A proposta feita pela equipa da Universidade de Aveiro que está a elaborar o projecto de requalificação, já foi testada por especialistas de mobilidade e “não parece oferecer problemas”, explicou o coordenador do projecto.
As controvérsias em torno da localização da nova ponte pedonal, no canal central, que a Câmara preferiu ao atravessamento previsto pelo plano de urbanização da Polis, junto ao edifício da EPA, motivaram a ironia do socialista Pedro Pires da Rosa. “Já resulta feliz uma coisa, a ponte já andou para o lado de lá, não estraga tanto, e, isto ainda é relatório preliminar, pode ser que acabe no sítio que reclamamos”, disse. |