O Beira-Mar e a Câmara de Aveiro vão tentar chegar a um acordo no diferendo em torno do negócio das piscinas. A tentativa de conciliação que estava agendada para esta sexta-feira na grande instância cível da Comarca do Baixo Vouga não chegou a ter efeito. O juiz do processo, que resulta de uma acção colocada pela Câmara, em que exige 1,2 milhões de euros pela venda do complexo ou a devolução do equipamento, aceitou suspender as diligências até Setembro. Neste prazo, o Beira-Mar espera chegar a um acordo com a autarquia. Caso contrário, o processo retoma os seus trâmites. A direcção invocou, através do seu advogado, que o clube passa um momento de alterações profundas, com a criação de uma SAD para o futebol profissional e a entrada de um investidor. Deu conta também, como consequência da esperada injecção de capital, da expectiva de proceder a pagamentos a credores, como já está a suceder em alguns casos. O presidente do clube, António Regala, quer, no entanto, uma espécie de "encontro de contas", atendendo a que o Beira-Mar alega ter também dinheiro a receber da Câmara, nomeadamente uma dívida da empresa do estádio municipal de Aveiro que ultrapassa 1,5 milhões de euros. O Beira-Mar encaixou 2,5 milhões de euros com a venda do terreno das piscinas. Mas até hoje, liquidou apenas 200 mil do valor estipulado (1,2 milhões de euros). |