Está marcado para hoje, de manhã, em Ovar, o inicio do julgamento do processo conhecido como “Reis da mata”. Um gangue que explorou prostituição na zona florestal de Maceda, entre outras localidades nortenhas. A actividade, exercida por vezes de forma violenta sobre as mulheres, durou vinte anos. São 16 os arguidos, entre os quais duas mulheres, acusados pelo Ministério Público (MP) da prática de crimes de associação criminosa, lenocício, sequestro, roubo, posse de arma proibida, tráfico de armas e coacção.
Numa operação desencadeada a 6 de Janeiro de 2010, a Polícia Judiciária (PJ) do Porto viria a efectuar uma dezena de detenções culminando uma investigação que durava há pelo menos dois anos.
Permanecem em prisão preventiva três homens tidos como cabecilhas da alegada organização criminal. Uma mulher encontra-se em regime de prisão domiciliária.
Segundo o MP, o trio actuou conjuntamente para exercer controlo quer dos locais de prostituição na floresta de Maceda (Ovar), Pigeiros (Feira) e Estarreja, quer das mulheres e outros proxenetas, que tinham de possuir uma espécie de autorização prévia, mediante pagamento da permanência diária ou semanalmente para garantir a sua própria segurança. |