É um alerta sobre a gestão dos equipamentos culturais. O deputado municipal do PS, Paulo Trincão, que integra o júri de avaliação de projectos da Direcção Geral das Artes, diz que é importante rentabilizar as casas de cultura construídas nos últimos anos. No caso de Ílhavo, sugeriu diz que uma das vias pode passar pela residência de companhias. Trincão alertou a Câmara para a necessidade de rentabilizar com mais actividade artística os investimentos já feitos, ou em lançamento, como é a casa da Música ou o restauro do Teatro da Vista Alegre. O ex-director da Fábrica Ciência Viva, da UA, actualmente júri em concursos do MC, sugeriu levar para Ílhavo companhias residentes, como a Filarmonia das Beiras. “É claro que quando se pensa em companhias pensa-se em teatros mas as bandas de música pode ser companhias residentes. Será que foi ponderado os dois espaços como espaço de ensaio. Temos uma Filarmonia que não tem sítio residente e nos temos condições ímpares”, lembrava Trincão.
Segundo o presidente da Câmara, a Orquestra das Beiras é um namoro antigo, entre outras pretendentes debaixo de olho. “É sempre complicado, politicamente, que certas entidades vão residir para o sítio definitivamente a ou b. Oferecemos, ainda antes do CC estar pronto, um mês, dois meses ou 6 meses à Filarmonia. E por questões internas ainda não se acertou essa residência temporária”, revela o autarca.
Ribau Esteves justificou a aposta na nova casa da música, atendendo às condicionantes dos dois auditórios do concelho em acolher a actividade regular de colectividades locais. “Bandas de música no modelo associativo que temos em equipamentos culturais como os centros culturais tem problemas de sustentabilidade financeira complexas. O custo de abrir a porta por hora é muito alto”, explicou o autarca.
A bancada do PSD aplaudiu os novos investimentos, incluindo a criação do aquário de bacalhaus no museu marítimo. |