Élio Maia não teme novas críticas por estar a promover veículos eléctricos e hoje juntou-se à Peugeot Portugal e a MOBI.E, entidade coordenadora da Rede de Mobilidade Eléctrica, para o primeiro roadshow de automóveis eléctricos daquela marca em Aveiro. O autarca diz que importante é manter a cidade no pelotão da frente dos Municípios que querem estimular o uso de veículos eléctricos. “Queremos estar no grupo da frente e ao aderir ao MOBI.E cumprimos a nossa obrigação”, disse o autarca desvalorizando as críticas ouvidas no lançamento de uma viatura de outra marca há alguns meses. Na altura o autarca foi acusado de funcionar como “vendedor de automóveis” e hoje desvalorizou qualquer possível contestação lembrando que Aveiro vai ter uma das principais fábricas de baterias do grupo Nissan Renault.
A Rede Mobi.E é a única a nível mundial que permite, através de um único cartão, carregar o carro eléctrico, escolher o posto de abastecimento que mais convém e monitorizar o carregamento através do PC ou telemóvel e, ainda, pagar o consumo. Maria João Rocha, em representação da MOBI.E, admite que é preciso ganhar a confiança dos consumidores. Para já são passos tímidos mas no futuro serão passos seguros. “Acho que a aceitação é uma caminhada. As pessoas têm que ganhar confiança e tem que haver condições. Os primeiros passos são sempre mais tímidos. À medida que as pessoas forem aderindo, os preços irão baixar. A tendência é por a tecnologia ao serviço de um conceito de mobilidade irreversível”, disse a representante da MOBI.E.
Os veículos apresentados pela Peugot, o carro ION, e as bicicletas com baterias de iões de lítio, são o centro das atenções na mostra que passa por 25 cidades da rede piloto. No caso das bicicletas os preços variam entre os mil e os 2 mil euros e no caso dos carros, o preço rondará os 37 mil euros.
Jorge Magalhães, director de Comunicação da Peugeot Portugal, fala na venda de 12 carros num mês e meio. O objectivo é atingir os 100 veículos até final do ano. “Positiva. Como tudo o que está a nascer leva algum tempo. Notamos que há muita falta de informação por parte de clientes e empresas. Querem conhecer a tecnologia”, explica Jorge Magalhães. |