Os partidos com assento na Assembleia Municipal de Aveiro dizem que o Teatro Aveirense precisa de um director artístico mas divergem quanto ao parecer dado pela comissão que chumbou uma candidatura a fundos da Direcção Geral das Artes. Para Manuel Coimbra, do PSD, o facto de existirem na DGA e na Comissão figuras de Aveiro pode ter condicionado a apreciação pelo conhecimento que têm da realidade. “Não é um documento político mas é uma apreciação tem a subjectividade própria de quem acha que determinados fins podem ser atingidos de determinados meios. E assim em relação a tudo e também em relação ao tipo de artes a financiar, aos projectos a financiar e às fundamentações feitas. Depende de pessoas para pessoas. É uma filosofia política que está por trás e temos que aceitar”, refere o representante do PSD no programa “Canal Central” com referências a João Aidos e Paulo Trincão.
Uma leitura que viria a merecer a intervenção de João Dias. Para o representante do BE no programa “Canal Central”, a declaração de Manuel Coimbra é grave porque significa a instrumentalização política da questão dos concursos. “Aquilo que acabou de dizer é demasiado grave para ele próprio não tirar consequências políticas. Se entendi bem é que por detrás da rejeição da candidatura estão propósitos políticos. Isso é muito grave. Se quer seguir essa teoria deve avançar para a denuncia”, dizia João Dias. Manuel Coimbra respondeu e esclareceu que se referia a “visões políticas diferentes”. “Visões políticas diferentes não podem determinar que um serviço público não é financiado por querelas políticas. Tão simples quanto isso”, replicou João Dias.
Jorge Greno, do PP, não atribui grande importância ao chumbo. Diz que candidaturas e apoios devem ser lidos como parte de um circuito fechado. “Entendo que é necessário um director artístico e que já devia ter sido nomeado. A equipa desqualificada, segundo termos da Esquerda, que viu uma de 4 candidaturas reprovada, viu três candidaturas aprovadas. Não ouvi os partidos aplaudirem que a equipa teve três de quatro candidaturas aprovadas”, afirmou Jorge Greno em debate na última edição do programa “Canal Central”. |