O Plenário distrital da União dos Sindicatos de Aveiro/CGTP-IN, reunido ontem, aprovou uma moção para contestar a intervenção na Líbia. Diz que se trata de “uma óbvia instrumentalização designadamente da ONU, dando um cheque em branco aos EUA e seus aliados, como primeiro passo na escalada de guerra contra a Líbia”. Diz que a pretexto da implementação de uma zona de “exclusão aérea para proteger o povo Líbio” e de “falsas razões humanitárias”, os “EUA, a França e o Reino Unido à cabeça, estão a lançar pesados bombardeamentos que vão muito para além da decisão do Conselho de Segurança da ONU”.
A USA salienta que “entre os que mais clamam pela escalada de agressão à Líbia, estão regimes opressores aliados dos EUA na região, como são os casos dos regimes da Arábia Saudita e os Emiratos Árabes Unidos, que não hesitaram em enviar tropas para apoiarem a repressão contra o levantamento popular no Bahrein”.
No plenário os sindicatos deixam claro que há “boicote activo das potências envolvidas das tentativas de mediação e solução pacífica do conflito, na medida em que confrontam com os seus verdadeiros objectivos; ocupação total ou parcial do território Líbio e sua riqueza, incluindo o petróleo e o assalto ao fundo soberano com o anunciado congelamento de cerca de 30 mil Milhões de dólares”.
Neste quadro, o Plenário de Sindicatos, condena a invasão e apela ao fim imediato do ataque da “coligação”, bem como ao cumprimento de um total cessar-fogo entre as partes beligerantes na Líbia. |