Os partidos com assento na Assembleia Municipal de Ílhavo admitem que a redução do número de deputados não é solução para os problemas do país e não mostram particular simpatia pela iniciativa do ministro Jorge Lacão. Por outro lado, admitem que a reforma do sistema eleitoral pode fazer sentido enquanto elemento para aproximar eleitos e eleitores. José Alberto Loureiro, do PCP, diz que se trata de um assunto para baralhar o debate em Portugal. “Chamo a isso uma cortina de fumo. Será que reduzir o número de deputados tem influência na resolução dos problemas económico sociais do país?” questionava o deputado municipal do PCP.
Rui Dias, do PSD, admite que pode ser um debate populista uma vez que não tira o país da crise nem está nas prioridades do momento. “Esta é a política fácil. Se há pior imagem que se possa dar dos nossos deputados e é dizer que com menos é possível fazer o mesmo trabalho”, justifica Rui Dias que fala do “simbolismo” da proposta.
José Vaz, do PS, espera por uma reforma mas com prioridade para o sistema eleitoral. “Admito que possamos reduzir o número de deputados mas isso só houver alteração significativa da forma. Aí concordo com os pequenos partidos que depois não ficariam representados”, adianta Vaz defendendo a existência de círculos uninominais.
O debate na última edição do programa “Discurso Directo”. |