Domingos Lopes aconselha os alunos do ensino secundário a não terem qualquer receio da matemática e diz que a disciplina não é “bicho de sete cabeças”. Aluno da Escola Secundária da Gafanha da Nazaré, distinguido em Olimpíadas de matemática, licenciado e mestre em Coimbra, e agora a frequentar um doutoramento na Universidade de Nova Iorque, Domingos Lopes aconselha os jovens a falarem com os professores sobre o processo de aprendizagem. “Tentem não olhar para a matemática como bicho de sete cabeças como algo que é feio por natureza. Não é feio. Precisamos é que nos mostrem a parte mais bela da matemática. Hoje em dia há muitas formas de o fazer. Se falarmos com os professores e reconhecermos que não estamos a gostar muito do que estamos a fazer talvez ajudem os alunos nesta descoberta com exercícios mais motivantes. Eles terão gosto nesta descoberta”, adianta Domingos Lopes em entrevista ao programa “Conversas”.
A experiência de um ano numa universidade dos EUA está ser positiva e permite conhecer novos sistemas de ensino e novos modos de vida. Diz que, à distância, olha para Portugal com alguma surpresa pela forma como se progride na carreira quando o mérito é superado pela “cunha”. “A mentalidade contesto um bocado. Certas coisas deviam ser mais profissionais. Uma evidência é colocar-se amigos políticos em cargo de responsabilidade com poucos conhecimentos técnicos. Devíamos usar mais a cabeça na tomada de medidas políticas. Devíamos ser mais profissionais”, sublinha o jovem aluno no balanço ao primeiro ano de doutoramento. |