A Assembleia Municipal de Aveiro aprovou ontem à noite o orçamento e plano da Câmara para o próximo ano, no valor de 127 milhões de euros, com os votos contra do PS, PCP e Bloco de Esquerda. Para a oposição, o documento desilude pela escassa poupança, medidas contraditórias no corte de transferências e falta de linha de rumo.
António Salavessa, do PCP, justificou o voto contra alegando irrealismo nos documentos. “Votei contra o orçamento porque o irrealismo orçamental não é inócuo. Abre caminho ao aumento da dívida”.
João Dias, do BE, diz que o Orçamento é penalizador para as famílias. “Votamos contra porque não responde aos tempos de crise social e não tem medidas que diminuam as assimetrias”.
Gonçalo Fonseca, do PS, diz que se mantém a falta de realismo. “Não resolve o problema do saneamento financeiro. Pelo contrário, agrava-o”, justificava o porta-voz do PS.
Para os partidos da maioria, o voto favorável está justificado pela necessidade de controlo financeiro. Ernesto Carlos Barros, do PP, considera que os documentos reflectem a necessidade de diminuir o défice e manter políticas de apoio social. “Votámos a favor porque achamos que reflectem a necessidade e o esforço de diminuir o défice. Além de reforçar bem o encontro das acções sociais que necessitamos em Aveiro”.
Manuel Coimbra, do PSD, lembra que ainda há compromissos de 2003 e 2004 reflectidos no Orçamento de 2011. “Só referentes a 2003 e 2004 há compromissos assumidos no valor de 33,5 milhões de euros reflectidos nas GOP. O orçamento tem vindo a diminuir fruto da gestão rigorosa e séria que tem sido seguida. Respeita os cidadãos honra o compromisso de não aumentar IMI e taxas municipais não onerando ainda mais os munícipes”. |