A nova direcção da Associação de Pesca Artesanal da Região de Aveiro, liderada por Adelino Palão, traça a sustentabilidade dos recursos marinhos, o ordenamento do uso da ria e a captação de novos compradores de pescado como elementos-chave do futuro do sector da pesca. No primeiro contacto com os pescadores, depois da eleição, Adelino Palão manifestou confiança no futuro do sector. “A ria sempre foi considerada um fusível dos problemas sociais. Quando há problemas em terra, a ria tem mais pescadores. Quando em terra há mais dividendos a ria tem menos pescadores. É como um fusível da sociedade em Aveiro”, confessava Adelino Paião à entrada para a reunião com pescadores. A APARA representa pescadores de 110 embarcações, de vários artes de pesca, e espera vir a fidelizar pescadores da Torreira e Murtosa.
A reunião com pescadores e profissionais da pesca da região de Aveiro analisa a sustentabilidade da laguna. Para os profissionais este é um caminho a seguir reforçado com novos processos ao nível da venda para valorizar o pescado e a profissão dos pescadores. “Melhor colaboração com os compradores, conjugando interesses de quem pesca e quem compra. Cativar outros compradores que venham para nos ajudar. Vamos dar privilégio a contratos com conserveiras e grandes superfícies. Vai ser uma das metas. Queremos melhorar a condição de vida social dos nossos associados. Para isso temos que colocar os produtos a melhor preço no mercado”, explicava Adelino Palão.
O novo responsável pela APARA sucede a Manuel Soares. O mestre da traineira Senhor Jesus das Oliveiras afirma-se como conhecedor e decidido a criar melhores condições para os pescadores. “Sou um homem do mar. Considero-me alguém que conhece os problemas da ria e do mar. A pesca foi toda a minha vida. Sou mestre há 32 anos na costa. Sou o barco mais emigrante da pesca da sardinha. Trabalhei em toda a costa portuguesa e fui adquirindo leque de conhecimento também através dos colegas. É preciso trabalho. É o que posso prometer”, anunciava Adelino Palão. |