O reitor da Universidade de Aveiro diz que não gosta de ouvir a expressão “fazer mais com menos” porque vê limites para tudo nos cortes financeiros. Manuel Assunção discursava, esta manhã, na cerimónia comemorativa dos 37 anos da UA. Destacou o processo de selecção dos directores das Unidades Orgânicas, em curso, a visita a escolas e departamentos, e a celebração de contratos-programa, a criação da escola doutoral e do conselho de cooperação como elementos centrais no programa para 2011. Num quadro de crise, diz que a eficiência é chave para alcançar objectivos. “Está em voga dizer que é preciso fazer mais com menos. Não gosto da expressão. Há um limite para tudo. Prefiro apelar ao aumento de eficiência se formos mais inteligentes. Alterando o que está mal pensado, libertando recursos e canalizando-os para domínios onde hoje estão as chaves para a sustentabilidade das universidades”, referiu o Reitor antecipando um ano de lançamento de infraestruturas científicas e tecnológicas. Por isso, Manuel Assunção alerta para a importância de ter cautela e saber temporizar para não por em causa investimentos em anos futuros.
Eduardo Barroso foi distinguido com o doutoramento Honoris Causa. O especialista em transplantes de fígado revelou preocupação pelo surgimento dos novos cursos de medicina em Portugal salientando que correm risco de ser “novos somente no tempo em que começam a ser leccionados”. Cursos que, diz, poderão “repetir erros e fórmulas esgotadas, sem que estivessem assegurados os recursos humanos e logísticos necessários”. Manifestou-se crente de que esse “não será o caminho a percorrer pela UA” e disse que irá estar “particularmente atento” ao caminho da UA por ser agora também a sua universidade. O cirurgião disse, ainda, que a crise e os números não podem ser mais importantes que as pessoas. |