Os partidos com assento na Assembleia Municipal de Ílhavo mostram-se preocupados com os cortes na ordem dos 5% que as autarquias vão sofrer nas transferências do Orçamento do Estado e com as obras previstas para o município ilhavense.

Mário Júlio Ramos garante que apesar dos cortes nas transferências do Orçamento do Estado para as autarquias, existem obras que não vão deixar de ser concretizadas no município de Ílhavo. O deputado do PSD diz que agora apenas é necessário escolher as empreitadas: “Com certeza que não vamos deixar de ter obra. Se houver alguma obra que gostávamos de ver feita e que não arrancará no próximo ano, temos de ter noção de que o dinheiro não é elástico e temos de adequar aquilo que queremos ver feito, àquilo que podemos fazer”.

O deputado do PCP mostra-se preocupado pelo optimismo e confiança mostrados pelo presidente da autarquia. José Alberto Loureiro assegura que a situação do país não é favorável e Ílhavo não escapa à crise: “Fiquei preocupado esta semana quando ouvi o presidente da Câmara dizer que ninguém pára o concelho de Ílhavo. Quando se fazem afirmações destas, deve-se ter algum cuidado porque, neste momento, a situação não está favorável”.

José Vaz, do PS, lamenta que os avisos dos socialistas não tenham sido ouvidos e alerta para as dívidas que a Câmara deve evitar de continuar a acumular: "Já há um ano, o PS dizia que era bom que o presidente da Câmara refreasse um pouco este populismo na despesa da autarquia para os cidadãos podermos precaver as situações que vinham aí. E elas aí estão. É impossível que uma Câmara continuem a dizer que isto não é um problema autárquico, porque influenciam pouco a questão do défice, por exemplo, e por isso vamos continuar a acumular dívidas e a fazer tudo aquilo que estava previsto”.

O debate na última edição do programa “Discurso Directo”.