O Bloco de Esquerda questiona o Ministério da Cultura sobre os “diversos atropelos no que respeita à gestão do Teatro Aveirense e à forma como as diversas tutelas se têm relacionado com o Teatro”.
Em comunicado enviado aos órgãos de comunicação social, o BE assegura que a grande preocupação do partido é o “o desinvestimento que a Câmara Municipal de Aveiro tem vindo a efectuar no Teatro Aveirense, reduzindo sucessivamente o valor dos contratos-programa CMA-TA, sem que o projecto seja reformulado e sem que sejam angariadas novas receitas”. Os bloquistas garantem ter conhecimento de que a autarquia aveirense transferiu apenas 80 mil euros dos 450 relativos a pagamentos de 2009 e, assim, o “Teatro tem pago salários com fundos do QREN e do Ministério da Cultura, especificamente concedidos para financiamento de programação”, calculando que actualmente as dívidas do Teatro Aveirense ascendam a 700 mil euros, incluindo a artistas e fornecedores diversos.
O Bloco diz, ainda, ter “relatos relativos a aquisições injustificadas, obras de arte danificadas e contratações absurdas” e revela preocupação com a manutenção do Teatro Aveirense, já que a partir de Janeiro de 2011, a casa de espectáculos “está sem programação e qualquer projecto”.
A pergunta entregue ao Ministério da Cultura foi subscrita por Pedro Soares, deputado do BE eleito por Aveiro, e por Catarina Martins, deputada que integra a Comissão de Cultura da Assembleia da República. |