O presidente da Câmara de Vagos admite que o país funciona a várias velocidades com várias intervenções no espaço urbano com dificuldades para coordenar investimentos municipais, intermunicipais com o investimento de empresas nacionais. Rui Cruz falava a propósito de mais uma fase de investimentos no Município a cargo da empresa Águas da Região sem esquecer os incómodos que provocam as intervenções. “O grande problema deste país é que primeiro se faz a rede de água, depois fazem a rede de saneamento e tapa tudo. Posteriormente vem a PT e quer abrir uma vala, depois a Lusitânia Gás e abre outra vala. Ou seja, foi impossível até hoje coordenar investimentos municipais com investimentos multi municipais de empresas que fornecem outros bens. Nós não deixámos cair os nossos projectos que eram projectos que do ponto de vista do tratamento do ciclo da água era completo e curiosamente este modelo acaba de ser seguido nos projectos para outros municípios”, revela Rui Cruz.
O autarca de Vagos falava do investimento da empresa Águas da Região como importante em contra-ciclo com os cortes ditados no país. “Este investimento surge num momento em que Portugal se retraí ao nível da administração central. As notícias ao nível da administração central têm sido más, onde foram congelados recentemente um conjunto de investimentos da administração central no concelho de Vagos, sendo assim é de louvar esta parceria pública ou privada que os municípios decidiram constituir”, sublinha o autarca.
Fernandes Thomaz, da Adra, diz que, apesar da crise, a empresa vai manter o ritmo de investimentos. “A ADRA, em parceria com os municípios, identificou uma necessidade de investimento na ordem dos 125 milhões de euros dos quais a grande maioria é para completar a cobertura dos sistemas de saneamento de águas residuais e também um volume superior a 300 milhões de euros ao longo da concessão, de reabilitação e modernização dos sistemas existentes”, explica. |