O responsável pelo navio que levou investigadores numa viagem científica à zona onde se afundou o Titanic revela que sentiu com particular emoção esse tempo vivido a bordo. Vieira da Silva, capitão ilhavense, admite que o Titanic ainda tem muitos segredos escondidos. “Ainda há valores. Não foram resgatados porque é difícil trabalhar a 3800 metros. Mandam robôs mas nem sempre é fácil. Foram lá em duas missões anteriores mas os submarinos pequenos ainda não conseguiram abrir o cofre forte porque é uma coisa grande”, explicava o comandante Vieira da Silva em entrevista ao programa “Porto de Encontro”.
Nesta viagem, Vieira da Silva acompanhou os trabalhos dos investigadores e confirma que o navio tem uma história cheia de histórias para revelar. Quanto aos aspectos de segurança, admite que o afundamento revelou as debilidades da época em termos de material de salvamento. “Há um o navio que é inegável: o navio não tinha meios de salvamento adequado ao número de passageiros e tripulantes que levava. A partir daí a legislação por alterada. Não havia baleeiras e coletes de salvação para todos (apesar das temperaturas da água serem baixas), e isso foi importante para o facto de terem falecido tantas pessoas. O navio demorou 3 horas a fundar e estou convencido que se se houvesse meios de salvação mais pessoas seriam salvas”, confessa Vieira da Silva.
Uma expedição ao Titanic contada pelo responsável da embarcação que transportou os investigadores. |