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14-10-2010

Flávio Sardo e António Neto Brandão apresentam Roteiro Repúblicano de Aveiro.


Aveiro deve orgulhar-se do centenário da República e dos contributos em 100 anos de história. O tema é abordado na obra "Roteiro ...

Aveiro deve orgulhar-se do centenário da República e dos contributos em 100 anos de história. O tema é abordado na obra "Roteiro Republicano de Aveiro", da autoria de Flávio Sardo e de António Neto Brandão, que analisa essa participação. Flávio Sardo diz que é preciso avivar memórias sobre momentos que fazem de Aveiro um roteiro de liberdade. “Esquecemos facilmente tudo de bom e de mau. Há muita gente que já esqueceu o que se passou nos Congressos Democráticos. Foram momentos de glória. Aveiro é a única cidade que tem a comenda da Ordem da Liberdade precisamente por causa da reacção dos congressos democráticos. Esquecem e agora há uma certa tendência para proceder à lavagem da violência exercida no II congresso da oposição democrática. Há tendência para proceder à lavagem. Isso tem que ser desmistificado”, disse Flávio Sardo em declarações à Terra Nova.

No âmbito das Celebrações do Centenário da República, estão a ser lançados vários Roteiros Republicanos, por cada um dos 18 distritos e mais dois para as regiões autónomas, que se destinam a pôr à disposição instrumentos acessíveis para o conhecimento da História da Primeira República, à escala da história regional, essencialmente na sua dimensão urbana. “Eram elementos destacados do directório da República e do Partido Republicano Português. Estavam dentro do secretismo do que se passava a tal ponto que a dada altura foram incumbidos de raptar o Rei D. Manuel II numa altura em que ele veio ao Buçaco”, revela Flávio Sardo.

Esta obra lembra os roteiros republicanos em Aveiro com figuras conhecidas e recorda o ciclo informativo feito à custa da passagem do comboio nas ligações entre Lisboa e Porto. “Quem deu a primeira notícia da proclamação foi o jornal O Democrata. Depois da revolução as comunicações ficaram difíceis. Sem ligações telefónicas não havia comunicações e em Aveiro a possibilidade era a passagem do comboio Lisboa/Porto trazer notícias e só no dia 6 de Outubro ao fim do dia é que houve a certeza da implantação da República”, sublinha Flávio Sardo um dos autores da obra hoje apresentada em Aveiro.


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