Para os partidos da oposição, em Ílhavo, a crítica é dirigida para as taxas municipais que mantiveram valores ao nível máximo permitido e, nalguns casos, para aumentos na utilização de alguns equipamentos. PS e PCP esperavam maior abertura para aliviar a carga fiscal e lamentam que se critique o governo mas se penalizem os munícipes. José Vaz, do PS, recorda que houve reforço de fundos comunitários em projectos garantindo mais dinheiro à autarquia e que isso poderia facilitar uma redução da carga fiscal à escala local. “Houve aumento graças a acordo entre a ANMP e o Governo. A Câmara ganhou mais 4 ou 5 milhões, houve entrada de dinheiro da ADRA e não consegue através destes extras ter uma atitude de reduzir ligeiramente as taxas. Discordamos desta política cega de aplicar o máximo que se puder”, lamentou o presidente da concelhia Socialista.
José Alberto Loureiro, do PCP, também concorda que o problema não está apenas no Governo central. “Puxar nos mesmos, carregar nos mesmos, aumentar impostos e aqui verifico que não é só o governo a aumentar. Aqui é a mesma coisa. Afinal, olha para o que eu digo e não olhes para o que eu faço”, afirma o eleito do PCP na Assembleia Municipal de Ílhavo.
Flor Agostinho, do PSD, lembra que há satisfação da população e que mesmo a oposição tece elogios ao trabalho desenvolvido. “Felizmente, como na última Assembleia, reconheceram o bom trabalho desenvolvido em Ílhavo. Isto para mim foi significativo. Felizmente, há pessoas que pensam de outra forma e pensam no futuro que aí vem”, respondia Flor Agostinho numa referência à bancada do PS. Declarações no debate da última edição do programa “Discurso Directo”. |