Pela primeira vez em 10 anos a Câmara de Aveiro está fora do Dia Europeu Sem Carros. Considera que o dia causava perturbação sem conseguir mobilizar os cidadãos. Ainda assim, admite voltar em próximos anos depois de “repensar a acção”.
O Bloco de Esquerda contesta suspensão do Dia Europeu sem Carros em Aveiro e aproveita o dia para defender a intermunicipalização da MoveAveiro e defender o financiamento estatal à semelhança do que acontece em Lisboa e no Porto. Para o BE, a exclusão da Câmara de Aveiro demonstra “o abandono a que tem votado os transportes públicos do concelho”. Recorda a iniciativa para a concessão da Move Bus que considera um “ataque do executivo a este serviço municipal de mobilidade” ao colocar “em causa a prestação do serviço público às populações mais distantes do centro urbano”.
Em comunicado contestou ainda “que as verbas do estacionamento deixem de reverter para o financiamento de políticas públicas de mobilidade e para os próprios serviços de transporte público”.
Anabela Ribeiro, professora da Universidade de Coimbra, especialista em mobilidade, diz que participar por participar não faz sentido: “É um sistema que precisa de ser pensado de forma integrada o que às vezes não acontece. É preciso ser pensada a circulação e estacionamento dos vários transportes, dos públicos aos privados, para que tudo funcione de forma eficaz. Têm que ser pensadas de forma integrada planificada, para que depois o sistema possa funcionar de forma eficaz". |