Edmundo Martinho, Presidente do Instituto da Segurança Social, diz que a terceira idade não é uma condição passiva na dependência da segurança social e que a população precisa de alterar a forma como vê os idosos. A mensagem foi deixada hoje no Fórum “Inclusão Social de Idosos – Utopia ou Realidade”, uma iniciativa integrada no projecto “Redes para a Inclusão”, promovida no âmbito da Semana da Maior Idade de Ílhavo e da responsabilidade da Rede Europeia Anti-Pobreza – Núcleo Distrital de Aveiro.
O responsável pela Segurança Social diz que é importante estar apto a responder às eventualidades da vida. “Temos de ser capazes de incorporar nas práticas esta ideia de que a idade está associada à condição da vida. Vamos sofrendo ocorrências, positivas e negativas, e é para responder que os sistemas têm que estar preparados”, disse Edmundo Martinho.
Na sua intervenção destacou a importância de criar uma nova visão para as diferentes condições da idade e vulnerabilidades dos cidadãos. “Temos esta associação que a partir de determinada idade há um clique que nos transforma de cidadãos em beneficiários da ajuda alheia. Temos que alterar isto. Este ano pode ser importante para afirmar a importância do papel e dos direitos de cada cidadão independentemente da sua idade e afirmar a responsabilidade pública de garantir que ninguém perante as vulnerabilidades fica desprotegido. Este é o nosso papel”, sublinha o presidente do ISS.
Acácio Conde, Coordenador do Núcleo Distrital de Aveiro da Rede Europeia Anti-Pobreza de Portugal, revela que o projecto “Redes para a Inclusão” é o culminar de uma candidatura ao programa das comemorações do Ano Internacional Contra a Pobreza e Exclusão Social e aplaude a aprovação de 18 projectos portugueses. “É o culminar de uma candidatura que formulámos ao pacote para a comemoração do ano europeu de combate à pobreza. A Rede Europeia teve 18 projectos aprovados. Praticamente todos os distritos têm projectos aprovados. É importante Não faríamos nada sem articulação com a Segurança Social quer com as redes sociais”, destacou o responsável distrital.
O projecto pretende sensibilizar os cidadãos para a necessidade de implicação e partilha de responsabilidades no combate à pobreza e à exclusão social. A Rede Europeia Portuguesa foi designada como organizadora da Assembleia Geral da Rede Europeia Contra a Pobreza no próximo ano. |