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15-09-2010

Medalhas de ouro de Paulo Henriques motivam colegas no CASCI.


Paulo Henriques recorda com entusiasmo a conquista de duas medalhas de ouro e o título de recorde do mundo na distância de 800 e 1500 ...

Paulo Henriques recorda com entusiasmo a conquista de duas medalhas de ouro e o título de recorde do mundo na distância de 800 e 1500 metros. O atleta do CASCI, que arrecadou o título ao participar na 1ª edição do campeonato do mundo de atletismo para Pessoas Portadoras de Síndrome de Down, revela orgulho pela instituição à qual pertence há cerca de 20 anos. “Fiz a festa no México. Havia atletas do Brasil, África do Sul e América. Eram 19 países. Os melhores atletas do mundo. Estava lá muita gente e nós no CASCI somos os melhores”, disse o atleta em entrevista ao programa Conversas numa emissão que pode ser ouvida hoje às 19h00.

Paulo Henriques começou participar em provas de atletismo no Grande Prémio de Atletismo da Terra Nova e garante comparência nas provas deste ano, a realizar no final do mês de Outubro. “Venho para ficar em primeiro lugar. No ano passado ganhei e fiquei feliz”, salienta o atleta de 29 anos.

Henrique Santos, treinador do atleta do CASCI, acredita que a vitória de Paulo Henriques serve para mostrar a importância que têm as instituições sociais no desenvolvimento das pessoas que possuam algum tipo de deficiência. “Acima de tudo é uma chamada de atenção para a importância do CASCI e de todas as instituições no desenvolvimento da população com deficiência. Estas instituições não podem acabar, não as podem matar e, como se vê, fazem falta”, adianta o antigo treinador de Paulo Henriques e amigo do atleta.

Joana Agostinho garante que a vitória do atleta é um factor de motivação para os outros jovens. A Técnica Superiora de Integração do CASCI admite que a população portadora de deficiência é normalmente sedentária e, por isso, Paulo Henriques é um caso raro pelas actividades que pratica. “Estas medalhas são motivadoras para outros. Tem que se falar nas medalhas para eles se motivarem. O espírito competitivo está lá. Neste tipo de patologia há tendência para o sedentarismo e nós temos que arranjar formas de os motivar. Estas medalhas para alguns mais competitivas vão ser factor motivacional importante”, justifica Joana Agostinho.


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