O Presidente da Sociedade Portuguesa de Sexologia Clínica e docente da Universidade de Aveiro, Pedro Nobre, diz que há um longo caminho a percorrer quanto à formação em educação sexual e no apoio às famílias portuguesas. Explica que há um projecto pensado para garantir intervenção de proximidade. Declaração feita, esta manhã, na abertura dos trabalhos de um encontro sobre educação sexual.
Pedro Nobre refere que a APS tem tido um papel preponderante em relação à criação de locais específicos de ajuda aos cidadãos. “É de destacar que a APS tem uma iniciativa que é de louvar que tem a ver com a formação e o aumento de locais de locais de prestação de apoio a pessoas que têm dificuldades sexuais em diferentes regiões do pais”.
Adianta ainda que, “é uma iniciativa da APS é uma iniciativa no qual a sociedade portuguesa de sexologia clínica se associa e é uma das possíveis iniciativas que pode ajudar-nos a construir aos poucos uma rede diversificada e que cubra se possível o país, no sentido em que as pessoas com problemas com dificuldades possam ter um local onde procurar ajuda".
Falando especificamente da associação no qual é presidente, Pedro Nobre refere que, “a sociedade portuguesa de sexologia clínica tem vindo a ter um papel preponderante na formação de terapeutas sexuais.”
Este encontro de Aveiro resulta de uma parceria entre a Sociedade Portuguesa de Sexologia Clínica e a Associação para o Planeamento da Família. Inclui uma conferência sobre a educação sexual e a educação emocional e afectiva, um debate sobre as actuais questões da educação sexual, a apresentação de materiais pedagógicos para a educação sexual e um talk-show.
Manuela Sampaio, Presidente da Associação para o Planeamento da Família, esteve na sessão de abertura e Francisco George, Director Geral de Saúde, chamou a atenção para a importância da educação sexual nas escolas como formação para os afectos: “A educação sexual em meio escolar permite chamar atenção para a importância dos afectos entre jovens entre si”.
Francisco George refere que as “curtes” não podem ser reprimidas, mas dá importância aos objectivos que devemos ter, “temos de saber todos o que queremos, o que é que queremos alcançar, e refiro-me ao meio escolar. Não vamos reprimir as “curtes”, que fazem parte da vida de adolescentes, e que não podem ser reprimidas, mas temos que ter no nosso horizonte de trabalho que o início da actividade em termos de actos sexuais sexuais com penetração deve acontecer em idades mais avançadas”, adianta que é um trabalho árduo mas que têm que conseguir alcançar.
Os trabalhos decorrem no auditório do Departamento de Ambiente e Ordenamento da Universidade de Aveiro. |