Os Bombeiros Novos de Aveiro alertam para o fim do acordo que permitia a permanência de uma ambulância na freguesia de São Jacinto para transporte de doentes não urgentes. Equipamento amortizado pela Junta e que contava com a disponibilidade dos bombeiros nas despesas de manutenção e operação. Em fim de vida, a ambulância pede reforma e a corporação diz que para manter o serviço é necessário comprar outra viatura mas a Junta já terá dito que não tem capacidade para o fazer. Albuquerque Pinto, da direcção da Associação Humanitária, diz que dessa forma é impossível manter o serviço.
“Há 8 anos fizemos um acordo para que o transporte particular de doentes tivesse menos custos e a junta ofereceu uma ambulância para esse efeito. Nós operávamos a ambulância com tripulações e combustíveis. Cessámos porque os prejuízos nesta conjuntura foram na ordem dos 2300 euros em média por mês. Isto é insustentável. Não há dinheiro para isto”, adianta o dirigente.
A proposta dos Bombeiros passava pela renovação da ambulância e pela comparticipação das viagens. Albuquerque Pinto explica que cada viagem custa 50 euros e que a corporação não consegue manter esse esforço. “A proposta ia no sentido da renovação da ambulância e da comparticipação do serviço pela população mesmo a preços mais reduzidos. Não conseguimos suportar integralmente os custos”, sublinha Albuquerque Pinto.
Os Bombeiros Novos aguardam agora uma posição da Câmara de Aveiro e admitem, igualmente, dificuldades para manter o posto avançado de São Jacinto onde há dois homens em permanência.
O presidente da Junta de Freguesia, Rui Vaz, promete para esta tarde uma posição oficial da Junta sobre esta questão mas já disse que os transportes não urgentes são custeados pelos utentes e que, dessa forma, poderão ser mantidos. |