A Câmara Municipal de Aveiro processa o Beira-Mar e a empresa Nível II com o objectivo de reaver cerca de 1,3 milhões de euros devidos pela venda das piscinas municipais ao clube. Se a autarquia não receber o dinheiro, é possível que o negócio seja anulado.

A acção terá dado entrada no juízo da grande instância cível da comarca do Baixo Vouga em finais de Julho. Há cerca de um ano, a autarquia aveirense já mostrava vontade em avançar para a anulação do negócio. Em Dezembro do ano passado, o clube liquidou 200 mil euros da quantia acordada com a Câmara.

Recorde-se que o Beira-Mar aceitou pagar à Câmara de Aveiro 1,2 milhões de euros pelas piscinas que revendeu à empresa Nível II por 2,5 milhões. O negócio foi feito numa madrugada de sexta-feira para sábado, num notário fora da autarquia e sem o conhecimento dos vereadores. A Câmara recebeu então um cheque de Mano Nunes, líder da antiga direcção, que acabou por ser devolvido por se encontrar fora do prazo.

Há cerca de duas semanas, Artur Filipe, antigo dirigente do Beira-Mar, revelou que a antiga direcção do Beira-Mar, liderada por Artur Filipe e José Cachide, havia penhorado as receitas de bilheteiras dos jogos do Beira-Mar em Aveiro, até ao encontro com o Benfica, em finais de Novembro. A actual direcção liderada por Mário Costa deverá promover, ainda esta semana, uma conferência de imprensa onde abordará este e outros assuntos relacionados com a situação financeira do Beira-Mar.