A organização do Festival do Bacalhau atingiu o objectivo pretendido de vender 10 toneladas do fiel amigo na edição 2010 do certame, mais uma tonelada que na edição do ano passado. O tesoureiro da Confraria Gastronómica do Bacalhau confirma que a melhor opção foi mudar o Festival de Ílhavo para o Jardim Oudinot, na Gafanha da Nazaré, embora tivesse sido uma escolha contestada no primeiro ano de mudança. Agostinho Felizardo acrescenta que a crise em nada se notou nos cinco dias de Festival: “Este ano foi melhor que em 2008 e 2009. Queremos estar sempre a crescer. Vendemos cerca de 10 toneladas. No primeiro ano foi contestado. Não se encarou de ânimo leve a mudança do festival de Ílhavo para a Gafanha, mas chegou-se à conclusão de que não há qualquer comparação. Aqui é um sucesso. Dizem que há crise, mas aqui não se notou”.
Para o Lar de São José, o Festival foi igualmente positivo e as vendas superaram as expectativas. Alexandre São Marcos acredita que não há crise que afecte o espírito solidário dos visitantes. O animador da instituição acrescenta, ainda, que o dinheiro conseguido no certame irá ajudar a pagar as obras que o Lar sofreu recentemente: “Quando se trata de solidariedade, não se pode falar de crise. As pessoas gastam dinheiro para ajudar. O destino que conseguimos ganhar aqui servirá para abater na dívida das obras que fizemos recentemente”.
Os artesãos que participaram no Festival também fazem um balanço positivo ao certame. Rucas trabalha com patchwork e acredita que a edição deste ano recebeu mais visitantes que no ano passado já que, na opinião da artesã, as pessoas começam a dar mais valor aos artigos artesanais que são vendidos: “Correu muito bem. As expectativas foram superadas. Tenho ideia de que este ano vieram o dobro dos visitantes. Temos aqui um espaço excelente e conseguimos mostrar a nossa cultura a todos aqueles que nos visitam. As pessoas já se começam a aperceber que vele a pena comprar coisas bonitas e diferentes. Eu propunha a realização de outro festival no próximo mês porque é realmente uma semana excepcional”.
Rogério Guimarães participou pela primeira vez no festival e assegura que as expectativas foram superadas. O artesão diz que nunca tinha participado por não sentir à vontade em desenhar em público e foi o convite de uma amiga que o fez aceitar o desafio: “Está a correr muito bem. Eu não me sentia à vontade para desenhar em frente às pessoas, mas uma colega desafiou-me e acabei por embarcar nesta aventura. Não estava à espera de vender nada, mas já vou para casa com dinheiro suficiente para pagar um jantar aos amigos”.
O Festival do Bacalhau realizou a terceira edição no Jardim Oudinot, na Gafanha da Nazaré. |