O Alto Representante das Nações Unidas para a Aliança das Civilizações faz balanço positivo ao I Curso de Verão da Aliança das Civilizações. Jorge Sampaio gostou do encontro de Aveiro e diz que as pontes lançadas entre os jovens visam sobretudo o conhecimento ao nível das crenças, culturas e religiões. “Tudo isto é um ambiente que propicia lutar contra o que é mais grave que é a indiferença e o desconhecimento do outro e perceber que as pessoas têm muitas coisas em comum. Aveiro desempenhou um papel muito importante. Temos pessoas de 45 países de vários lados. Estou contente porque esta é uma das funções da Aliança. Portugal foi pioneiro porque como alto representante achei que estes campos podem ser importantes. Estes jovens trabalham em jornais, rádios e organizações não governamentais. Vai ser o fomento da ideia. Espero que a iniciativa deles possa ser útil”, disse Jorge Sampaio no final do encontro.
Jorge Sampaio foi convidado a comentar a “deportação” de ciganos romenos de França para o país de origem. Um movimento que tem gerado debates na sociedade francesa e um pouco por toda a Europa. “É claro que me preocupa. Cada país tem a legitimidade de tomar decisões mas também se sujeitam à crítica. Temos que ter espírito aberto e trabalhar com pessoas que muitas vezes são da nossa nacionalidade. O tempo é de exigências em relação às minorias e das sociedades serem plurais. Ou trabalhamos e percebemos o outro ou teremos problemas de relacionamento e de coesão social e cultural no futuro”, sublinhou Sampaio. |