A lista liderada por Mário Costa, única lista candidata à liderança do Beira-Mar nas eleições de Sábado, deixa já o aviso: o surgimento de penhoras inviabiliza, no imediato, a continuação da gestão que será assumida depois do acto eleitoral. Sem querer falar abertamente em demissões ou outro tipo de cenário, Mário Costa foi claro quanto aos propósitos. “Esta candidatura insere-se na perspectiva da boa governabilidade do Beira-Mar, o que pressupõe a inexistência de novas acções de novas acções de penhoras”, refere a candidatura no seu manifesto eleitoral.
Sinal de alerta uma vez que são conhecidas negociações com José Cachide e Bartolomé Cursach que reclamam valores de uma época em que injectaram dinheiro no clube. Cerca de 700 mil euros reclamados pela lista de Artur Filipe e acima de 1 milhão pelo dono da Inverfutbol que já contabiliza juros. As negociações para o pagamento faseado ainda não foram conclusivas e os processos seguem curso em tribunal.
Na apresentação da candidatura, a lista manifestou vontade de renegociar os protocolos com a Câmara de Aveiro, salientando que o protocolo assinado em 2008 e que previa a anulação dos anteriores não foi cumprido e que, dessa forma ainda vigora o de 2003, “que justificava a dívida da Câmara ao Beira-Mar em mais de 4 milhões de euros. Como tal não aconteceu continua a vigorar o de 2003. Ou a renegociação ou o pagamento de dívida são as soluções avançadas pelo clube que diz ter feito à autarquia uma proposta no sentido de avançar com uma série de investimentos com apoio da Câmara. Proposta que, segundo António Regala, não conseguiu acolhimento.
Nas propostas para o mandato de três anos, os futuros órgãos sociais pretendem avançar para a autonomização financeira das secções, blindar os estatutos para evitar futuras derrapagens financeiras, manter boas relações com entidades locais e regionais, manter e criar novas modalidades, criar infraestruturas para a formação e um novo pavilhão, aumentar o número de sócios, dinamizar acções de angariação de fundos, manter boas relações com outros clubes e fazer regressar os símbolos tradicionais do emblema com âncora, corda e águia.
Sobre a formação do plantel não foram adiantados avanços. As dificuldades financeiras estão a atrasar o processo de contratações e o clube prepara-se para reuniões com Benfica, FC Porto e Sporting para tentar obter apoios com cedência de jogadores. |