Jorge Tadeu considera que a Moção de Censura ao governo fez sentido e o chumbo também. O antigo deputado ilhavense que hoje exerce as funções de assessor em Bruxelas lembra que o quadro de crise obriga a marcar posições mas garantindo alguma estabilidade e lembra que um processo eleitoral iria custar muito tempo e dinheiro aos cofres do estado. “É evidente que durante todo este tempo as necessidades de financiamento manter-se-ão. A pressão dos mercados não parará. As exportações continuam em concorrência com outros países e a destruição de empregos continua. Qual a opção a tomar? O que aconteceu na Assembleia da República foi o único caminho possível. Censurou-se o governo pedindo-se outro rumo para o país. O Governo tem cedido em diversas matérias. Assim corrija o rumo errado que tem para o país”, adianta Jorge Tadeu na crónica actualidades.
Nesta abordagem à iniciativa do PCP diz que está justificada apesar de se saber que o chumbo seria o resultado final. “Valerá a pena discutir uma moção condenada ao fracasso? Penso que sim, apesar de todos os argumentos em contrário. Havia muitas razões para censurar o Governo. Mesmo que se acredite que o país não poderia adicionar uma crise política à crise económica e financeira”, comentava Jorge Tadeu que estimava o processo eleitoral em 8 ou 9 meses até à entrada em funções de um novo Governo com programa e orçamento aprovados. |